Estou jogando Night in the Woods

Gif+ilustra por Tatiana Kawkaw

O que falar desse jogo que conheci aleatoriamente procurando jogos simples pela internet e, logo que comecei, fiquei encantada em como a história é contada... Não costumo jogar muito, os único jogos que cheguei a concluir (e olhe lá) fram Pokemon Fire Red e The Legend of Zelda - The Minish Cap, que joguei num emulador de Gameboy pra celular. Aí decidi que poderia dar uma chance para algum diferente, um indie talvez... E esbarrei nesse.

Os personagens de Possum Springs são animais antropomorfizados e vivem na cidade - com uma cara de interior, but not so much- na qual a personagem principal, Mae, cresceu. A história começa quando ela abandona a faculdade e volta para a casa dos pais, e se depara com tudo muito diferente, num clima de nostalgia e estranheza. Os antigos conhecidos e os amigos seguiram a própria vida, muitos estão trabalhando e possuem responsabilidades. Reencontrar o grupo de amigos e, talvez, até fazer novas amizades é algo bem complicado já que Mae está um tanto "à toa".

Mas não é só a históra de Mae que a gente conhece. As histórias paralelas dos personagens, como a da Bea que teve que amadurecer rápido por causa dos problemas familiares, e dos outros amigos Gregg e Angus, também conquistam muito. São peças que se encaixam pra formar o enredo como um todo. A gente vai conhecendo e compreendendo a dimensão dos personagens e da narrativa com o passar dos episódios.

Não sou a gamer expert e nerd pra falar de muitos aspectos aqui, mas, olha, o que meus conhecimentos acerca de jogos me permitem criticar é que a jogabilidade é bem legal, e tem um quê de "storytelling" que eu gosto muito. Muitas pessoas podem considerar muito chato ficar lendo diálogos, mas eu sempre gostei muito dessa jogabilidade, de sair conversando com personagens aleatórios durante as histórias, ao invés de só ficar pra lá e pra cá em busca das ações necessárias para cumprir metas e finalizar o jogo. Acho muito interessante como os fragmentos e diferentes pontos de vista dos personagens se unem aos poucos e tornam a narrativa/o enredo mais complexo e imersivo. Ás vezes, ficar uns 3 minutos a mais conversando com o pai da personagem principal, ou com um antigo vizinho, é algo que pode parecer bem chato, mas, na minha opinião, acaba acrescentando informações que agregam ao jogo como um todo. Não são lá muito importantes pra você concluir aquele mini-jogo ou puzzle, mas poxa, não saber o enredo todo é como terminar a leitura de um livro sem ter lido alguns capítulos. E é bem estranho.

Talvez uma das minhas coisas preferidas nesse jogo foi o fato de que os sonhos/pesadelos da Mae são jogáveis. Eles fazem parte da história e permitem que a gente conheça um pouco mais sobre os medos e impressões da personagem. Achei incrível. Fora que rendem uns prints bem legais e umas imagens de descanso de tela lindonas.

A arte de Night in the Woods é outro ponto incrível. Confortável é a palavra que eu escolho pra descrever. As artes/a estética da cidade e as cores me conquistaram. Pesquisando, descobri que quem assina essa obra de arte é o ilustrador e animado Scott Benson.

A personalidade de cada personagem, o enredo, a arte e a jogabilidade simples me conquistaram. Achei tudo muito bonito, e foi um ótimo jogo que me ajudou a entreenter e esquecer algumas coisas chatinhas que rondavam meus pensamentos. Além disso, a trilha sonora do jogo, assinada por Alec Holowka, agora faz parte das minhas playlists haha' é muito confortável e acho que vou começar a escutar enquanto estiver no ônibus haha' Inclusive, escrevi essa postagem ao som dessa aqui.

Aqui o Jogo na Steam. Vale muito a pena :)