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Daydream

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O sol se atrasou. Ou fui eu que me adiantei. Essa noite não termina nunca e essa ansiedade não me deixa dormir. Sei que amanhã estarei em paz, ao seu lado. Com quem me acolhe, com quem me sinto tranquila. Passo noites sem dormir e, quando estou contigo, o meu sono vem rápido por que me sinto confortável. O sentimento de amar alguém, no início de algo bom enche meu peito. E, toda vez que estou contigo essa felicidade só cresce. Sei que no futuro as coisas podem mudar, mas espero que esse sentimento continue por um tempo maior e, se depender de mim, ele vai. - Março, 2021

uma carta para uma pessoa especial

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É inevitável. E pensar no pior é tão destrutivo. Como se fosse melhor olhar pro passado procurando um motivo. Não há. Ontem de noite sonhei contigo. Eu quase pedi, em meus sonhos, pro senhor ainda estar aqui comigo. Mesmo que em vida eu não fosse tão presente Mesmo que em vida eu não demonstrasse Em meus sonhos eu pedi para o senhor ligar o teu radinho, cantarolar os seus modões antigos Em meus sonhos eu pedi para escutar a voz rouca me perguntando como estava a escola. Oferecendo-me pé de moleque e paçoca, "esse chiclete que vocês gostam" e bala halls. Eu não demonstro, mas eu sinto tua falta toda vez que piso naquela casa. Toda vez que me lembro daqueles feriados. Toda vez que vejo aquele gato branco de olhos azuis, eu lembro do senhor. Já faz 3 anos. Eu não demonstro, mas em meus sonhos eu peço para ter apenas um pouco da força que o Sr. teve.  maio de 2020 Aqui outro texto que escrevi para essa mesma pessoa.

Palavras soltas

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Avalanche. Fria. Silenciosa. De dentro. Acúmulo. Tralha. Por dentro. Desestabilizou e... Pesou e caiu. Sufocou. Machucou. Estado de Emergência. ! Alguém viu... ! ? ; . Levanta a cabeça e sorri "Só um dia ruim" Saiu e acenou. escrito em algum momento entre o fim de 2018 e o início de 2019 Nunca foi um poema, nunca teve a intenção de ser um. Os pontos fazem parte do texto, significam alguma coisa. Adolescente? Talvez. Não. Eu não estou de volta. Estou usando o blog como pasta de arquivos e salvando textos que estavam nos meus cadernos antigos porque não quero perdê-los.  E, minha gente, quantas mudanças tiveram no blogger nesse meio tempo, né? Por enquanto, estou detestando esse novo visual pra edição, mas pode ser apenas porque não estou acostumada.

Endereço: meu quarto

Faz duas semanas que entrei em uma quase voluntária "rotina de não sair de casa". Para mim é um pouco estranho chamar de quarentena, porque o usual é eu não sair mesmo. A primeira semana foi muito parecida com uma rotina de férias para mim, apenas com a pecualiaridade de continuar com responsabilidades da faculdade. Talvez o mais diferente nesses dias de quarentena é que não estou precisando pegar ônibus, ir para a aula, essas coisas. Essa quarentena está sendo um feriado prolongado que não acaba mais, e mesmo assim, ja estou começando a ficar incomodada, porque dessa vez não dá para achar uma desculpa para ir ao comércio, ou a algum parque. Para distrair e com toda essa preocupação com o COVID-19 tenho visto muita gente que está fazendo coisas novas. Acho interessante, porque nessas duas semanas eu não fiz nada útil para meu país haha' brincadeiras a parte, é verdade, Isadora só pensou e pensou, mas não fez nada para aprender algo novo. Na primeira semana eu ainda est

Zero O'Clock

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19:00 Alícia girou a chave na porta com um suspiro, arrastou os pés até a entrada da cozinha e tirou os tênis. Chave na mesa, mochila na cama, celular na mão. Olhou no espelho o reflexo cansado, a maquiagem continuava ali, mas o corretivo que antes cobriam as olheiras já não faziam tanta diferença. Uma mancha de rímel borrado na pálpebra lembrou Alícia de como quase chorara no ônibus. Andou até a cozinha. Frigideira, tapioca... Quando ficou pronto, pegou óleo e ovo e preparou o recheio. Abriu o instagram e se perdeu no tempo vendo as fotos e histories. Uma amiga sua estava numa pizzaria, legal. Um primo foi jantar com a mãe, madrinha de Alícia. Colegas compartilhando charges de política, piadas, fotos de bichinhos fofos... Só quando a tapioca já estava pela metade, percebeu que esquecera de colocar sal no ovo, por isso o gosto sem graça. Na hora de lavar a louça foi lembrando como ainda era terça-feira, mas parecia quinta. Já estava se sentindo tão cansada e uma dor de cabe

sobre playlists atualizadas constantemente

Queria voltar a postar com a mesma vontade e empolgação que eu tinha há três ou quatro anos atrás, sinto saudades disso. Estava pensando no que escrever, deletei três rascunhos por que não faziam sentido para mim, não achei que alguém iria se interessar ou que eu, se fosse um leitor, iria gostar. Vejamos... Eu reorganizei minha playlist pela vigésima vez. A cada dois meses, em média, apago todas e as refaço. No fim, acabo colocando as mesmas músicas... meio sem sentido, né? É engraçado isso, nem muda tanto, só os títulos das playlists mesmo. Como se mudar a ordem de reprodução e o nome fossem mudar alguma coisa. (Algumas músicas acabam saindo, como uma faxina de playlist, porém não são muitas). Pensando nisso, minha relação com minhas playlists do spotify (que é uma coisa tão boba) reflete bem como tenho me sentido em relação a determinadas coisas na minha vida, parece que sempre tem alguma coisa errada. E então, a períodos regulares de tempo, vou mudando uns poucos detalhes na m

a lista do que se passa na minha cabeça agora

eu passei no processo seletivo do estágio remunerado  eu vou apresentar um trabalho num congresso eu tô me sentindo "aérea" e distante novamente, especialmente em relação a grupos e amizades está chovendo na minha cidade e o clima está daquele jeito que me deixa carente e chorosa eu tô feliz e tô me sentindo estranha ao mesmo tempo percebi que só apareço no blog pra falar da mesma coisa sempre, foi mal aí a que ponto chegamos, meus amigos?